Em 21 de abril de 1924, reuniram-se na sala de sessões da Câmara Municipal de Brazópolis, os Srs. Dr. Francisco Pereira Rosa, Vice-Presidente da Câmara, em exercício, Joaquim José de Faria e Souza, Rvmo. Pe. Herculano Moreira, José Brito Sobrinho e Serafim Martins dos Santos Lima. O Dr. Rosa, como Chefe do Executivo Municipal, expôs os motivos da reunião, qual seja a construção de um monumento em homenagem ao Cel. Francisco Braz. Organizou-se uma comissão, que chamaram ?diretório?, presidida pelo chefe do executivo, Dr. Francisco Pereira Rosa que indicou para 1º Vice-presidente o Sr. Joaquim José de Faria e Souza, 2º Vice-Presidente o Revmo. Cônego Herculano Moreira, tesoureiro o Sr. José Brito Sobrinho, 1º secretário o Sr. Serafim de Santos Lima, 2º secretário o Sr. Thomaz Wood Junior. Foi apresentada a planta do ?Largo da Matriz?, organizada pelo Dr. Hoffmann, que foi aprovada. A Câmara de início fez a subscrição pública de trez contos de reis, abrindo a concorrência para a construção da Herma. Estabeleceu, em seguida, que se daria início ao ajardinamento do ?Largo da Matriz?, para receber o monumento.Examinou-se a proposta do Sr. Gonipo Polliti, e caso não comparecesse outro concorrente fosse aprovada a de oito contos de réis. Na sessão de 7 de novembro de 1924, com a presença do convidado o Sr. Cel. Henrique Braz Pereira Gomes, filho do ilustre homenageado, o Sr. Gonipo Polliti, apresentou o busto do Cel. Francisco Braz, os presentes foram de parecer que o mesmo tinha os traços e características e feições semelhantes ?ás do saudoso extincto?. Foi consignado que mesmo tendo sido publicado edital no ?Brazópolis?, não apareceu outro concorrente, transcrevendo-se o edital na ata. Foi nomeado presidente honorário, da comissão, o Cel. Henrique Braz Pereira Gomes, que agradeceu emocionado a honra. Abriu-se a subscrição popular e das plantas dos melhoramentos a fazer no ?Largo da Matriz, foi aprovada, com algumas modificações a do engenheiro Dr. Hoffmann. Aprovado o ajardinamento, com passeios, coreto e calçamento, o Sr. Presidente ficou autorizado a encomendar plantas diversas, arvoredo e gramado em casas especializadas de São Paulo. Na sessão realizada em 14 de dezembro de 1925, foi apresentada as contas das despesas com a ereção da Herma e do Jardim e na realizada em 29 de março de 1926, foi apresentado o relatório geral dos trabalhos realizados, com riqueza de detalhes, tendo sido consultado o Dr. Fritz Hoffmann e Thomaz Wood Junior e o povo. Um dos projetos apresentados pelo Dr. Hoffmann não foi aceito pelo povo, executando-se o segundo projeto com algumas pequenas alterações. De accordo com esse plano, foram construídos três grandes canteiros, separados por duas ruas calçadas a parallelipipedos, sendo o central, dividido em dois, separados por uma pequena rua para pedestres. Neste ultimo e duplo canteiro que fica em frente a Matriz esta colollocada, à direita, em uma pequena Praça, a Herma e a segunda, em uma posição symetrica o Corêto.? No dia 1º de janeiro de 1926, na instalação da Comarca, foram inaugurados a Herma e o Jardim, às 6 horas da tarde, com grande festa. Foi transcrito no livro próprio, destinado exclusivamente as sessões referentes a Herma o discurso proferido pelo Dr. Francisco Pereira Rosa, por ocasião da inauguração. Como se vê a construção da Herma, a fundição do busto, do jardim, do coreto, foi feito com rigor técnico, consultando-se o povo, sem se esquecer da prestação de contas, em homenagem merecida ao benfeitor de nossa terra. O local onde, ainda hoje, se encontra a Herma foi previamente escolhido, com a participação da comunidade e não simplesmente capricho de um governante.
José Mauro Noronha - 10 de dezembro de 2009